domingo, 29 de agosto de 2010

O Segredo da Vida Boa

Por Rick Warren

Alguns anos atrás a Comunidade de Mission Viejo, na Califórnia, lançou uma campanha publicitária para atrair compradores para seus imóveis. A campanha usava frases como “Missão Viejo: a Califórnia Prometida”, e “Lugar para se viver a vida boa”. Penso que todas as culturas se referem a “vida boa” de uma maneira ou outra. Em italiano, é “la dolce vita” – literalmente, “a doce vida”. Não queremos todos nós a vida boa? Embora seja uma frase batida imagino quantos se deram ao trabalho de definir o que a “boa vida” realmente é ou o que deveria ser.

Boa aparência. Alguns confundem “vida boa” com “boa aparência”. Estão preocupados com o exterior como se fosse o que realmente interessa na vida. A cultura americana idolatra a beleza e valoriza o atraente. A propaganda tira proveito disso sabendo que a promessa de “boa aparência” leva homens e mulheres a gastar bilhões em produtos de beleza, clínicas de bronzeamento, cirurgias plásticas, lipoaspiração, a última moda em vestuário e coordenação de cores.

Sentir-se bem. Para outros “vida boa” significa “sentir-se bem”. Seu objetivo é minimizar o sofrimento e maximizar o prazer, usando quaisquer meios: banhos de imersão, parques de diversão, drogas, experiências de realidade virtual, viagens pelo mundo, filmes e apresentações musicais. O fornecimento de prazer e entretenimento tem crescido e se tornado uma das grandes áreas de atividade econômica em alguns países. Um lema dos anos 60, “se faz você se sentir bem, faça”, transformou-se em filosofia pessoal de muita gente.

Possuir bens. Existem outros que associam “vida boa” a “posse de bens”. Sua maior ambição é reunir todas as coisas boas, ou pelo menos, o maior número possível. Ganham o máximo de dinheiro que conseguem, para gastá-lo o mais rapidamente possível. Há os que acreditam que, qual mercadoria, “vida boa” é algo que pode ser comprado.

Nada disso satisfaz completamente! Não importa o que se faça, é impossível impedir o processo de envelhecimento. O prazer é um subproduto de vida boa e não o seu objetivo. As maiores coisas na vida, na verdade, não são coisas.

Sendo assim, o que realmente é a “vida boa”? Realização pessoal, alegria de ser bom e fazer o bem. É o resultado de descobrir e tornar-se exatamente o que Deus nos criou para ser. Nada além disso poderá preencher o vazio da alma. A Bíblia diz:“Porque somos feitura Sua, criados para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.10). Ao usar sua vida para ajudar outros – fazer o bem – conhecer e confiar em Deus, você se sente bem consigo mesmo. Isto é vida boa! Não permita que ninguém o engane levando-o a pensar que é outra coisa.

Jesus anunciou que veio para nos dar vida, tornar possível que experimentemos a vida abundantemente, plenamente (João 10.10). Ele também declara que temos essa vida abundante aqui e agora, na medida em que confiarmos a Deus cada detalhe dela (II Coríntios 3.17).


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

CASAMENTO

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus examos no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

domingo, 1 de agosto de 2010

Mana da Segunda - Paz em meio ao Caos




Por Robert J. Tamasy



Você já assistiu a um concurso de beleza no qual uma das concorrentes declara que se pudesse ter um desejo realizado seria a “paz mundial”? A resposta é um clichê e a possibilidade de se tornar realidade é a mesma de uma galinha botar um ovo de avestruz. Mas de uma maneira ou de outra, todos ansiamos por paz. Infelizmente vivemos num mundo onde a norma é o caos e não a paz.



Calamidades naturais ameaçam nossa sensação de paz. Desastres provocados pelo homem são igualmente inquietantes, quase inconcebíveis, como o vazamento de óleo nos Estados Unidos, na região do Golfo do México. Devido à negligência de uma indústria, a “paz” desapareceu para milhões de pessoas e as consequências ambientais perdurarão por décadas.



Cercados pelo caos, como encontrar paz e permanecer confiantes, não importando o tamanho da crise ou os obstáculos a serem enfrentados? A Bíblia tem muito a dizer a esse respeito, mesmo no ambiente de trabalho do século XXI. Eis alguns exemplos:



Paz não baseada em circunstâncias. Se sua esperança e confiança estão baseadas em circunstâncias que estão além do seu controle, ou em pessoas que com freqüência lhe causam desapontamentos, raramente você terá paz. E num momento a vida parece estar em calma; em outro, instala-se o caos. As Escrituras ensinam que a verdadeira paz somente pode ser encontrada no caráter infalível e imutável de Deus. “Tu, ó Senhor, dás paz e prosperidade às pessoas que têm uma fé firme, às pessoas que confiam em Ti” (Isaías26.3).



Paz não baseada neste mundo. Nós tentamos encontrar paz em bens materiais, realizações, reconhecimento pessoal, influência ou relacionamentos profissionais. Mas a paz que esses itens podem proporcionar é passageira. Coisas envelhecem e se desgastam; realizações perdem significado; amigos e entes queridos não conseguem satisfazer nossas expectativas. Por isso Jesus fez esta declaração aos Seus seguidores: “Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração nem tenham medo” (João 14.27).



Paz não baseada no entendimento. Quando sua vida inesperadamente vira de cabeça para baixo, parece impossível obter paz. Tudo aquilo em que você confiava parece ter sumido. É então que a fé em Deus, que por vezes parece irracional e irreal, pode lhe oferecer a única esperança de alcançar paz. Oração e gratidão podem nos levar a uma paz profunda e duradoura. É o que a Bíblia promete. “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6-7).



Você pode hoje olhar para Deus em busca de paz, não importando o quanto as circunstâncias sejam sombrias?




Texto de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)

O Mistério da Piedade


“Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em Espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória” (I Tm 3:16).
Na época quando o apóstolo Paulo escreveu as suas cartas, sem dúvida, o que influenciava os pensamentos dos homens era o pensamento e a filosofia dos gregos. O Novo Testamento foi escrito na língua grega. Os gregos tinham dois tipos de religião:
a) OS DEUSES TRADICIONAIS - estes moravam no Monte Olimpo. Eram de grande beleza, mas tinham paixões humanas como nós temos. Brigavam, mentiam e até cometiam imoralidade! Os gregos faziam estátuas destes “deuses” e as adoravam. Paulo faz referência a isso quando visitou Atenas e fala da estátua “ao deus desconhecido”.
b) OS CULTOS DE MISTÉRIO - muitos gregos não ficaram satisfeitos com a religião antiga, por isso desenvolveram estes cultos de mistério. Tinham por exemplo “O Mistério de Isis” e “O Mistério de Heloise”. Alguns destes cultos se basearam nas religiões orientais. Todos tinham algo em comum, a promessa de conhecimento secreto que só os adeptos ou seguidores receberiam. Tinha que estar “por dentro” da seita para ter este conhecimento. Muitos tinham os seus ritos de iniciação e desenvolvimento nos segredos sacros. Existem até hoje tais “cultos”, tenhamos cuidado!
Eis que vem uma surpresa! Esta palavra “mistério” misterion ocorre vinte e sete vezes no Novo Testamento, três vezes nos Evangelhos, vinte vezes nas epístolas de Paulo e quatro vezes por João no Apocalipse. Mas a palavra “mistério” não quer dizer “algo desconhecido” ou “oculto”. Muito pelo contrário! Mistério no Novo Testamento não é algo que nós chamaríamos de “misterioso”, mas é aquilo que outrora era oculto, mas que agora é revelado por Deus.
Podemos ver vários exemplos nas cartas de Paulo:
Na carta aos Colossenses (1:26) o apóstolo fala do “mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos.” O mistério, outrora oculto mas agora revelado na sua gloriosa plenitude é a habitação de Cristo nos seus santos: “Cristo em vós, a esperança da glória” (27).
A Igreja é outro mistério agora revelado: “O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas” (Ef 3:5).
Em Romanos 16:25-26 o grande servo do Senhor escreve: “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde os tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé”. Notemos as palavras usadas nestes versículos: “esteve oculto” “agora revelado” “se manifestou” etc.
Em I Tm 3:16 temos um mistério que Paulo chama de “evidentemente grande”, ou seja, muito importante. O historiador eclesiástico do quarto século, Eusébio (263 a 339 d.C.), chama este versículo de “hino antigo”. Pode até ter sido cantado entre os cristãos, todavia o que é mais importante é o fato que é inspirado por Deus.
“O Mistério de Piedade”. O que significa a palavra “Piedade”? Piedade se refere à reverencia e respeito para com Deus. Alguns entendem o sentido do versículo ser “Grande é o mistério da nossa crença, a nossa fé” que agora Paulo resume nestas palavras importantes.
1. DEUS SE MANIFESTOU EM CARNE

Todas as lojas em novembro e dezembro fazem referência ao Natal. No meio das decorações, presentes e a empolgação são poucos os que se lembram que nestas cinco palavras temos a verdadeira mensagem de Natal!
“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4:4).
É sempre importantíssimo lembrar que Ele não continuou sendo “o bebê de Belém”, mas que era “Deus manifesto em carne” com um propósito aqui na terra como revelado pelos anjos:
“Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens” (Lc 2:14).
2. FOI JUSTIFICADO NO ESPÍRITO
No Novo Testamento a palavra “espírito” pode se referir ao espírito do homem ou ao Espírito Santo. Alguns crêem que Cristo se sentiu justificado no seu próprio espírito. È verdade, pois Ele jamais precisava a justificação que vem de fora, o que nós precisamos, todavia creio que é melhor entender aqui que Cristo foi justificado pelo Espírito, ou seja, o Espírito Santo demonstrou ao mundo que o que Cristo dizia ser era a verdade acerca de Si mesmo. O Espírito Santo continua fazendo o mesmo trabalho!
3. FOI CONTEMPLADO POR ANJOS
Uma tradução melhor desta frase seria: “se apresentou aos anjos”. Quando O Senhor Jesus foi visto pelos anjos? Muitas vezes! Já falamos de Belém, mas podemos lembrar como os anjos ministraram a Ele depois de sua tentação (Mt 4:11), na hora da agonia no jardim de Getsêmani (Lc 22:43) antes da crucificação, os anjos declararam Sua ressurreição (Mateus 28) e assistiram Sua ascensão (At 1:10).
Creio, porém, que esta apresentação aos anjos foi depois de tudo isso quando Cristo voltou ao céu e se apresentou a Deus perante todos os santos anjos.
4. FOI PREGADO ENTRE OS GENTIOS
A palavra “gentios” significa, as “nações”. O fato de Cristo ser pregado aos gentios também foi um mistério, tão grande que Pedro não acreditava nisso até que foi-lhe revelado numa visão do céu (Atos 10:1-48). Esta é a nossa responsabilidade como servos e servas do Deus vivo hoje!
“Oh, vede os campos branquejando!
Irmãos, é tempo de ceifar!
Depressa a vida vai passando,
Não recusemos trabalhar!

Oh quem irá?
Dizer-lhes que há um Salvador?
Pois manda-me Tu, meu Senhor.”

José Ilídio Freire (1892-1987)
5. FOI CRIDO NO MUNDO
Vemos que o Seu próprio povo rejeitou ao Senhor Jesus:
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1:11).
Não tem sido sempre a verdade! Muitos ainda o rejeitam, mas graças a Deus por qualquer adulto e criança que O recebe pela fé! No mundo inteiro tem pessoas que hoje estão se convertendo ao Senhor Jesus, muitas vezes sob grande oposição e resultando em feroz perseguição por parte de parentes e colegas.
6. FOI RECEBIDO ACIMA NA GLÓRIA
O Cristo ressurreto e vivo, ascendeu em triunfo à gloria do céu. Hoje Ele está assentado à destra do Pai. Para sempre será admirado e exaltado pelo que realizou aqui na terra.
“Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra e glória, e ações de graças” (Ap 5:12).
Anos atrás ouvi uma mensagem do irmão Jim Flanigan (da Irlanda do Norte). Ele descreveu graficamente uma visita que fez a Betânia, o lugar de onde Cristo subiu para o céu. Comentou no grande contraste entre Betânia, uma cidade pequena e poeirenta, e o céu para onde o Salvador foi!
Graças a Deus temos a mesma esperança, não sabemos quando, mas um dia o Senhor Jesus voltará e seremos arrebatados e levados à glória para estarmos para sempre com Ele. “Amém! Vem, Senhor Jesus!”

Jaime Jardine