sábado, 19 de junho de 2010

Divorcio e segundo casamento


Há sempre uma dúvida no pensamento das pessoas a respeito deste assunto. Independente do que se pensa, devemos lembrar as palavras de Deus: “Eu odeio o divórcio”. Seu plano é que o casamento seja uma aliança, “o que Deus uniu ninguém separe”.
Deus sabe que o casamento envolve dois pecadores, conseqüentemente o divórcio pode ocorrer, porém, Ele estabeleceu algumas leis para proteger os direitos dos divorciados, em particular das mulheres. Jesus mostrou que essas leis foram dadas por causa da dureza do coração das pessoas, não era o desejo de Deus.
Por isso, a única possibilidade que Deus concede permissão para que o divórcio e o segundo casamento possam ocorrer, foi dita por Jesus: “por causa de infidelidade”. Muitos entendem esta “clausula de exceção” referindo-se à “infidelidade matrimonial” durante o período de “compromisso pré-nupcial”.
O costume judeu considerava as pessoas casadas a partir do momento que estavam “prometidas” um ao outro. A única razão válida para um divórcio seria a imoralidade. Mas, a palavra grega traduzida “infidelidade conjugal” significa qualquer forma de imoralidade sexual, como sendo, fornicação, prostituição, adultério, etc. Jesus diz que o divórcio é permitido se é cometida imoralidade sexual.
A Bíblia diz: “e serão dois uma só carne”, por este motivo, uma quebra neste laço por relações sexuais fora do casamento, é razão para que seja permitido o divorcio; neste caso, configura-se a clausula de exceção, porém, somente a parte inocente tem a permissão de se casar uma segunda vez. Apesar de não estar claramente colocada no texto, essa é uma demonstração da misericórdia de Deus para com aquele que sofreu com o pecado do outro.
Alguns entendem a expressão bíblica “todavia, se o descrente separar-se, que se separe” como outra exceção, que permite o segundo casamento. Porém, o contexto não menciona a permissão para que a “parte culpada” possa casar-se outra vez, este conceito não é ensinado nesse texto.
Qualquer que seja o significado da “infidelidade conjugal”, esta é uma permissão para o divórcio, não um requisito para ele. Quando um casal comete adultério, pode através da graça de Deus, aprender a perdoar e começar a reconstruir o casamento; o perdão devem ser atributos presentes na vida de um crente. Deus nos perdoou por muito mais, podemos seguir seu exemplo. Entretanto, algumas vezes o cônjuge não se arrepende e nem se corrige e continua na imoralidade, está praticando o adultério. É aí que Mt. 19:9 pode possivelmente ser aplicado. Outros se apressam em fazer um segundo casamento depois de um divórcio. Às vezes Deus pode estar querendo que continue solteira para quê a sua atenção com Ele, não seja dividida. O segundo casamento é uma opção, não significa que seja a única opção.
Um crente divorciado e/ou que tenha se casado novamente não deve se sentir menos amado por Deus. Ele usa até a desobediência pecaminosa dos cristãos para executar um bem maior.

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