quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Consumismo Infantil, um problema de todos
english version Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou umas das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconseqüente. As crianças, ainda em pleno desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves conseqüências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral.
De pais e educadores a agentes do mercado global, todos voltam os olhares para a infância − os primeiros preocupados com o futuro das crianças, já os últimos fazem crer que estão preocupados apenas com a ganância de seus negócios. Para o mercado, antes de tudo, a criança é um consumidor em formação e uma poderosa influência nos processos de escolha de produtos ou serviços. As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família (TNS/InterScience, outubro de 2003). Carros, roupas, alimentos, eletrodomésticos, quase tudo dentro de casa tem por trás o palpite de uma criança, salvo decisões relacionadas a planos de seguro, combustível e produtos de limpeza. A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado para a persuasão do público infantil, que cada vez mais cedo é chamado a participar do universo adulto quando é diretamente exposto às complexidades das relações de consumo sem que esteja efetivamente pronto para isso.
As crianças são um alvo importante, não apenas porque escolhem o que seus pais compram e são tratadas como consumidores mirins, mas também porque impactadas desde muito jovens tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é praticamente imposto.
Nada, no meio publicitário, é deliberado sem um estudo detalhado. Em 2006, os investimentos publicitários destinados à categoria de produtos infantis foram de R$ 209.700.000,00 (IBOPE Monitor, 2005x2006, categorias infantis). No entanto, a publicidade não se dirige às crianças apenas para vender produtos infantis. Elas são assediadas pelo mercado como eficientes promotoras de vendas de produtos direcionados também aos adultos. Em março de 2007, o IBOPE Mídia divulgou os dados de investimento publicitário no Brasil. Segundo o levantamento, esse mercado movimentou cerca de R$ 39 bilhões em 2006. A televisão permanece a principal mídia utilizada pela publicidade. Ao cruzar essa informação com o fato da criança brasileira passar em média quatro horas 50 minutos e 11 segundos por dia assistindo à programação televisiva (Painel Nacional de Televisores, IBOPE 2007) é possível imaginar o impacto da publicidade na infância. No entanto, apesar de toda essa força, a publicidade veiculada na televisão é apenas um dos fatores que contribuem para o consumismo infantil. A TNS, instituto de pesquisa que atua em mais de 70 países, divulgou dados em setembro de 2007 que evidenciaram outros fatores que influenciam as crianças brasileiras nas práticas de consumo. Elas sentem-se mais atraídas por produtos e serviços que sejam associados a personagens famosos, brindes, jogos e embalagens chamativas. A opinião dos amigos também foi identificada como uma forte influência.
Não é por acaso que o consumismo está relacionado à idéia de devorar, destruir e extinguir. Se agora, tragédias naturais, como queimadas, furacões, inundações gigantescas, enchentes e períodos prolongados de seca, são muito mais comuns e freqüentes, foi porque a exploração irresponsável do meio ambiente prevaleceu ao longo de décadas.
Concentrar todos os esforços no consumo é contribuir, dia após dia, para o desequilíbrio global. O consumismo infantil, portanto, é um problema que não está ligado apenas à educação escolar e doméstica. Embora a questão seja tratada quase sempre como algo relacionado à esfera familiar, crianças que aprendem a consumir de forma inconseqüente e desenvolvem critérios e valores distorcidos são de fato um problema de ordem ética, econômica e social.
O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, combate qualquer tipo de comunicação mercadológica dirigida às crianças por entender que os danos causados pela lógica insustentável do consumo irracional podem ser minorados e evitados, se efetivamente a infância for preservada em sua essência como o tempo indispensável e fundamental para a formação da cidadania. Indivíduos conscientes e responsáveis são a base de uma sociedade mais justa e fraterna, que tenha a qualidade de vida não apenas como um conceito a ser perseguido, mas uma prática a ser vivida.
www.alana.org.br
sábado, 18 de setembro de 2010
Porque o frango atravessou a rua, na visão de Silas, Valnice, Caio, RR Soares e outros
Este texto já é quase um clássico do humor cristão, e vale a pena ler. É de autor desconhecido.
VALNICE: "É por que os últimos atos proféticos influenciaram a galinha num novo "mover" então a galinha não tinha outra escolha senão atravessar". "Está indo na Conferência Profética com preletores internacionais?". "Para fazer um ato profético do outro lado enterrando 5 penas, um punhado de titica e 12 grãos de milho para a redenção das galinhas e frangos do Brasil".
DAVID QUINLAN: O frango atravessou a rua pq ele "está apaixonado, está apaixonado, está apaixonado, está apaixonado, está apaixonado, está apaixonado, por ti Jesus". E atravessou a rua "correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo, correndo pra ti".
MINISTÉRIO APASCENTAR DE NOVA IGUAÇU: O frango atravessou a rua para ser restituído de tudo o que era dele. “E também para tocar na ponta do altar..."
RR SOARES: O frango atravessou a rua para ir ao Banco Bradesco pagar seu carnê de sócio contribuinte do programa, por que se Deus tocou no coração do frango, ele não pode desprezar, pois estaria comentendo pecado e ficaria fora de benção... O frango atravessou a rua para ter experiência, pois "frango" ("pastor"), é igual jogador de futebol, os melhores nunca saem da escolinha.
RENÊ TERRA NOVA: “A Unção que ele recebeu é "unção do galo" por isto está cheio de coragem”. “Ele é um dos nobres! Torne-se um nobre, receba esta unção e atravesse mares, não somente estradas. Você pode ir mais longe! Diga pra quem estiver do seu lado: "receba a 'unção do galo!”. “Porque o mesmo em obediência a palavra profética foi receber a cobertura espiritual do apóstolo constituído do outro lado da rua”.
ANA PAULA VALADÃO: “Depois de uma travessia extravagante (voz de choro), ele (voz de choro mais miado...) se jogou (lágrimas, voz de choro, olhando pra baixo, mão no peito) nas asas do pai. (e o galinheiro, digo, platéia ovaciona, com trocadilho!)”.
APÓSTOLO MIGUEL ÂNGELO: “O frango tinha mesmo que atravessar a rua pois ele era um "predestinado", "eleito", e não tinha escolha ele tinha que atravessar”.
BISPO ROMUALDO PANCEIRO : (IURD): "Com certeza(sotaque carioca...)tem um encosto(sotaque carioca...)na vida dele, amém pessoal? É ou não é pessoal, amém pessoal? Qué vê?" Pergunta pro frango-encosto: -Encosto(sotaque carioca...), o que vc quer fazer com a vida do frango?-GRRRRRRRR!!!!!GRRRRRRR!!!!Destruir!!!Destruir!!!!!!-Por que, encosto?-GRRRRRRR!!!!GRRRRR!!!!!Prá ele parar de dar o dízimo!!!!!"Amém pessoal (sotaque carioca...)?? Vcs tão vendo pessoal??? O encosto não quer que o frango seja um próspero vencedor. Amém pessoal??"
CAIO FÁBIO: “Hipocrisia deste frango. É frango por fora e pena por dentro!”. “Este frango está se achando! Quem você pensa que é para atravessar a rua? Salomão? Se você quiser tirar isto a limpo, saiba: estarei em Manaus todos os meses. Venha tentar me dizer que não é assim. Espero você, se é que você tem coragem de enfrentar a verdade”.“Precisaria saber mais sobre sua infância e vida sexual”. “O frango é um ser livre. Não julguem apenas porque ele cruzou a estrada. O problema é que o "cristianismo" está falido e um frango não pode nem cruzar uma estrada sem que olhem pra ele com olhos farisáicos.” “Aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra no frango.”
SILAS MALAFAIA: três verdades para um frango vencedor:
1 Tópico: Em todo frango existe uma águia adormecida (repita para o irmão do seu lado).
2 Tópico: Deus usa quem ele quer, até um frango (cita o texto do galo que cantou três vezes).
3 Tópico: o perfil psico-terápico de um frango determinado (a rua que o frango pode atravessar sozinho Deus não move uma palha, mas se o frango não conseguir Ele para até a Rio-SP).
4 "O frango andou muito junto com a mulher do pato, atravesou a estrada pois: se tornou um PSICOPATA!"
O meu camarada! toma vergonha na cara por que Deus criou o frango e a galinha, pavão é invenção da mídia dominada por efeminados.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
CNBB pede que fiéis não votem em Dilma
RIO - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma carta na última segunda-feira na qual pede que os fiéis não votem na candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Leia a carta na íntegra:
Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Com esta frase Jesus definiu bem a autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de "Deus" não seja manipulado ou usurpado por "César" e vice-versa.
Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir-se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.
Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.
Na condição de Bispo Diocesano, como responsável pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que - por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens -, denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus,como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; Mt 5,21).
Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais "liberações", independentemente do partido a que pertençam.
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini"
Postado por Ministerio de Família às 07
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
COSTUREIROS DO VÉU
“Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo” (Mateus 27.51a).
Esse foi o momento exato em que Jesus Cristo, o Filho de Deus, após ter bradado em alta voz, entregou o seu espírito naquela rude cruz.
Se dimensionarmos adequadamente o acontecimento, concluiremos que esse foi o momento em que Jesus Cristo conquistou para todos nós o direito de entramos diretamente na presença de Deus, sem a intermediação de sacerdotes ou de líderes religiosos. Instituiu-se, pela graça infinita de Deus, o sacerdócio universal dos santos (1 Pedro 2.9), que permite a cada filho de Deus a livre administração da comunhão pessoal com o Pai.
Foi por esta verdade que muitos perderam suas vidas nas fogueiras da inquisição e foi esta a grande base da Reforma e da Pré Reforma Protestante pelas quais outros tantos deram seu sangue, quando menos, perderam todos os seus privilégios.
Cada cristão, individualmente e coletivamente, pode entrar na presença de Deus e gozar do privilégio de total intimidade na comunhão pessoal. O véu foi rasgado! Cada cristão tem a unção (Espírito Santo) permanente sobre sua vida e não tem necessidade que alguém fique intermediando sua relação de vida e direção espiritual de Deus (1 João 2.20, 27). O véu já foi rasgado!
Jesus ensinou a dinâmica maravilhosa da comunhão pessoal com Deus quando disse: “Mas quando você orar vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mateus 6.6). O véu foi rasgado! Cristo nos fala do grande presente, do imenso privilégio que cada um tem de buscar vida e direção particular diretamente da relação pessoal com o Pai celestial. O véu foi rasgado!
No entanto, o que observamos hoje? Empresários cristãos travestidos de líderes espirituais à frente de igrejas, conduzindo as vidas de pessoas que só sabem se relacionar com Deus pela intermediação de terceiros ou através de programas especialmente preparados para isto. Quanto mais a igreja cresce no mundo, mais cresce o número de pessoas que se assenhoreiam de pessoas, como se fossem os donos das vidas de terceiros. Alguns líderes têm prazer e até o desejo mórbido de ser consultados por tudo e a respeito de todos os detalhes nas vidas de seus liderados.
Cristo rompeu o véu do santuário de alto a baixo. O véu foi rasgado! Porém, algumas pessoas estão se dando ao trabalho de costurar o véu outra vez. Não é permitido, na visão delas, que alguém se aproxime de Deus e peça sua direção pessoal sem antes passar pela instância do poder imediato do líder de célula, do líder de núcleo ou do líder pastoral. O sacerdotalismo evangélico contemporâneo é muito mais inibidor e agressivo do que o sacerdotalismo judaico, pois este, em seus tempos áureos, era exercido por pessoas escolhidas por Deus para ministrarem no templo e pouco influíam na vida pessoal do leigo, a não ser nas cerimônias de convocação coletiva.
Estão costurando o véu outra vez! Em busca de proveito próprio, de posição, de primazia, de lucro pessoal, de amor pelo poder e de controle administrativo-espiritual estão impedindo que o povo de Deus viva o que foi conquistado na cruz e na ressurreição de Cristo.
Na televisão, um proeminente líder espiritual de um dos movimentos que mais cresce no Brasil, disse e repete com todas as letras, sem constrangimento e sem enrubrecer: “Você não tem fé? Não tem problema! Eu tenho fé. Você não precisa de fé. A minha fé basta. Deus vai operar por meio de minha fé, sem que você precise crer”. Em outras palavras, ele está dizendo que a relação pessoal com Deus não é necessária. Ele se diz o intermediário confiável, o sacerdote intercessor que fará toda a mediação sem necessidade de participação do interessado. O véu só foi rasgado para o intercessor poderoso, para o sumo sacerdote da nova ordem espiritual da teologia do centralismo de uma liderança cativante, porém dominadora.
Outro exemplo clássico desse fenômeno dos “Costureiros do Véu” se percebe em expressões do tipo: “Tudo que sai da boca de Deus é um decreto, pois emitido por uma autoridade, cuja palavra tem força de lei, seus decretos são acompanhados de seu cumpra-se”. Ou seja, se uma autoridade espiritual proferir alguma coisa que ela diz ser de Deus, é um decreto que tem força de lei e que se cumprirá.
São comuns frases do tipo: “A obediência aos Pastores é a nossa legalidade contra Satanás”. “Pastores”, escrito com inicial maiúscula mesmo. Meu Deus, o que é isso? Nossa legalidade contra Satanás foi conquistada por Jesus Cristo quando pisou na cabeça da antiga serpente morrendo na cruz e ressuscitando dos mortos ao terceiro dia.
Esse movimento dos “Costureiros do Véu” não é novo, talvez seja tão antigo quanto a própria Igreja. Ele já foi identificado por Jesus Cristo na Igreja de Éfeso e revelado na carta que o Senhor escreveu ao anjo daquela comunidade de cristãos. Lá, os “Costureiros do Véu” receberam o nome de nicolaítas. O texto diz: “Mas há uma coisa a seu favor: você odeia as práticas dos nicolaítas, como eu também as odeio” (Apocalipse 2.6). A palavra “nicolaítas”, numa das possíveis interpretações do vocábulo, vem de uma composição grega “nikao” que significa “conquistar, vencer, tirar vantagem dos outros, dominar os afetos de alguém, ser superior aos outros” e “laós”, que significa “povo”. Os nicolaítas seriam, então, líderes dominadores que conquistam pessoas dominando seus afetos, que seduzem por meio de seu carisma com o objetivo de tirar o máximo de vantagem do povo de Deus.
Irmãos preciosos, irmãs amadas, membros da Igreja de Deus, que é a Sua Plenitude (Efésios 1.23), fiquemos alertas contra esse mal travestido de espiritualidade que quer roubar o bem maior já oferecido à humanidade: — a presença viva do Deus vivo na vida diária de cada cristão, sem intermediários. Livre-se de sacerdotes e exerça o seu próprio sacerdócio.
Que Deus nos mantenha com saúde espiritual e emocional/psicológica para que permaneçamos acordados e vigilantes. E, se você está lendo isso agora e se sente temeroso de sair das garras dos Costureiros do Véu, por favor, acorde e sinta-se livre para viver aquilo que Deus conquistou para você na cruz do monte da caveira: comunhão pessoal, direta e profunda, diária, incircunstancial e em todos os lugares com o Deus Vivo e Verdadeiro, seu e meu Pai por meio de Jesus Cristo, Seu Filho, nosso Salvador e Senhor.
Talvez você seja um Costureiro do Véu, que entrou nessa filosofia sem mesmo perceber, aceitando o fluxo natural das coisas, influenciado, quem sabe, por livros de teologia triunfalista, por congressos e encontros com outros proeminentes Costureiros do Véu. Empolgado com as perspectivas do poder, seu coração pode ter-se deixado enganar e você pode ter sido engolfado pelas correntes do desejo de influência, do controle de pessoas e do destaque e proeminência no Reino de Deus. Acorde! Volte! Não é tarde para um genuíno arrependimento e quebrantamento. Lembre-se de como era bom e romântico o tempo em que você servia a Jesus apaixonadamente com base no primeiro amor. Siga o conselho do amado Senhor Jesus: “Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do lugar dele” (Apocalipse 2.5).
É tempo de lembrar o que levou você a desviar-se do primeiro amor, qual foi o gatilho que o levou a deixar, talvez lentamente, mas gradativamente e voltar à prática das primeiras obras, da primeira teologia, da teologia do Cristocentrismo e do primeiro amor apaixonado por Jesus.
Que Deus nos ajude. Soli Deo Gloria.
domingo, 29 de agosto de 2010
O Segredo da Vida Boa
Alguns anos atrás a Comunidade de Mission Viejo, na Califórnia, lançou uma campanha publicitária para atrair compradores para seus imóveis. A campanha usava frases como “Missão Viejo: a Califórnia Prometida”, e “Lugar para se viver a vida boa”. Penso que todas as culturas se referem a “vida boa” de uma maneira ou outra. Em italiano, é “la dolce vita” – literalmente, “a doce vida”. Não queremos todos nós a vida boa? Embora seja uma frase batida imagino quantos se deram ao trabalho de definir o que a “boa vida” realmente é ou o que deveria ser.
Boa aparência. Alguns confundem “vida boa” com “boa aparência”. Estão preocupados com o exterior como se fosse o que realmente interessa na vida. A cultura americana idolatra a beleza e valoriza o atraente. A propaganda tira proveito disso sabendo que a promessa de “boa aparência” leva homens e mulheres a gastar bilhões em produtos de beleza, clínicas de bronzeamento, cirurgias plásticas, lipoaspiração, a última moda em vestuário e coordenação de cores.
Sentir-se bem. Para outros “vida boa” significa “sentir-se bem”. Seu objetivo é minimizar o sofrimento e maximizar o prazer, usando quaisquer meios: banhos de imersão, parques de diversão, drogas, experiências de realidade virtual, viagens pelo mundo, filmes e apresentações musicais. O fornecimento de prazer e entretenimento tem crescido e se tornado uma das grandes áreas de atividade econômica em alguns países. Um lema dos anos 60, “se faz você se sentir bem, faça”, transformou-se em filosofia pessoal de muita gente.
Possuir bens. Existem outros que associam “vida boa” a “posse de bens”. Sua maior ambição é reunir todas as coisas boas, ou pelo menos, o maior número possível. Ganham o máximo de dinheiro que conseguem, para gastá-lo o mais rapidamente possível. Há os que acreditam que, qual mercadoria, “vida boa” é algo que pode ser comprado.
Nada disso satisfaz completamente! Não importa o que se faça, é impossível impedir o processo de envelhecimento. O prazer é um subproduto de vida boa e não o seu objetivo. As maiores coisas na vida, na verdade, não são coisas.
Sendo assim, o que realmente é a “vida boa”? Realização pessoal, alegria de ser bom e fazer o bem. É o resultado de descobrir e tornar-se exatamente o que Deus nos criou para ser. Nada além disso poderá preencher o vazio da alma. A Bíblia diz:“Porque somos feitura Sua, criados para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.10). Ao usar sua vida para ajudar outros – fazer o bem – conhecer e confiar em Deus, você se sente bem consigo mesmo. Isto é vida boa! Não permita que ninguém o engane levando-o a pensar que é outra coisa.
Jesus anunciou que veio para nos dar vida, tornar possível que experimentemos a vida abundantemente, plenamente (João 10.10). Ele também declara que temos essa vida abundante aqui e agora, na medida em que confiarmos a Deus cada detalhe dela (II Coríntios 3.17).
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
CASAMENTO
De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.
Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.
No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.
Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus examos no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.
Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.
No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.
No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.
No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.
Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".
Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".
Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.
A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.
Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.
Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!
domingo, 1 de agosto de 2010
Mana da Segunda - Paz em meio ao Caos
Por Robert J. Tamasy
Você já assistiu a um concurso de beleza no qual uma das concorrentes declara que se pudesse ter um desejo realizado seria a “paz mundial”? A resposta é um clichê e a possibilidade de se tornar realidade é a mesma de uma galinha botar um ovo de avestruz. Mas de uma maneira ou de outra, todos ansiamos por paz. Infelizmente vivemos num mundo onde a norma é o caos e não a paz.
Calamidades naturais ameaçam nossa sensação de paz. Desastres provocados pelo homem são igualmente inquietantes, quase inconcebíveis, como o vazamento de óleo nos Estados Unidos, na região do Golfo do México. Devido à negligência de uma indústria, a “paz” desapareceu para milhões de pessoas e as consequências ambientais perdurarão por décadas.
Cercados pelo caos, como encontrar paz e permanecer confiantes, não importando o tamanho da crise ou os obstáculos a serem enfrentados? A Bíblia tem muito a dizer a esse respeito, mesmo no ambiente de trabalho do século XXI. Eis alguns exemplos:
Paz não baseada em circunstâncias. Se sua esperança e confiança estão baseadas em circunstâncias que estão além do seu controle, ou em pessoas que com freqüência lhe causam desapontamentos, raramente você terá paz. E num momento a vida parece estar em calma; em outro, instala-se o caos. As Escrituras ensinam que a verdadeira paz somente pode ser encontrada no caráter infalível e imutável de Deus. “Tu, ó Senhor, dás paz e prosperidade às pessoas que têm uma fé firme, às pessoas que confiam em Ti” (Isaías26.3).
Paz não baseada neste mundo. Nós tentamos encontrar paz em bens materiais, realizações, reconhecimento pessoal, influência ou relacionamentos profissionais. Mas a paz que esses itens podem proporcionar é passageira. Coisas envelhecem e se desgastam; realizações perdem significado; amigos e entes queridos não conseguem satisfazer nossas expectativas. Por isso Jesus fez esta declaração aos Seus seguidores: “Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração nem tenham medo” (João 14.27).
Paz não baseada no entendimento. Quando sua vida inesperadamente vira de cabeça para baixo, parece impossível obter paz. Tudo aquilo em que você confiava parece ter sumido. É então que a fé em Deus, que por vezes parece irracional e irreal, pode lhe oferecer a única esperança de alcançar paz. Oração e gratidão podem nos levar a uma paz profunda e duradoura. É o que a Bíblia promete. “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6-7).
Você pode hoje olhar para Deus em busca de paz, não importando o quanto as circunstâncias sejam sombrias?
Texto de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)
O Mistério da Piedade
“Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em Espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória” (I Tm 3:16).
Na época quando o apóstolo Paulo escreveu as suas cartas, sem dúvida, o que influenciava os pensamentos dos homens era o pensamento e a filosofia dos gregos. O Novo Testamento foi escrito na língua grega. Os gregos tinham dois tipos de religião:
a) OS DEUSES TRADICIONAIS - estes moravam no Monte Olimpo. Eram de grande beleza, mas tinham paixões humanas como nós temos. Brigavam, mentiam e até cometiam imoralidade! Os gregos faziam estátuas destes “deuses” e as adoravam. Paulo faz referência a isso quando visitou Atenas e fala da estátua “ao deus desconhecido”.
b) OS CULTOS DE MISTÉRIO - muitos gregos não ficaram satisfeitos com a religião antiga, por isso desenvolveram estes cultos de mistério. Tinham por exemplo “O Mistério de Isis” e “O Mistério de Heloise”. Alguns destes cultos se basearam nas religiões orientais. Todos tinham algo em comum, a promessa de conhecimento secreto que só os adeptos ou seguidores receberiam. Tinha que estar “por dentro” da seita para ter este conhecimento. Muitos tinham os seus ritos de iniciação e desenvolvimento nos segredos sacros. Existem até hoje tais “cultos”, tenhamos cuidado!
Eis que vem uma surpresa! Esta palavra “mistério” misterion ocorre vinte e sete vezes no Novo Testamento, três vezes nos Evangelhos, vinte vezes nas epístolas de Paulo e quatro vezes por João no Apocalipse. Mas a palavra “mistério” não quer dizer “algo desconhecido” ou “oculto”. Muito pelo contrário! Mistério no Novo Testamento não é algo que nós chamaríamos de “misterioso”, mas é aquilo que outrora era oculto, mas que agora é revelado por Deus.
Podemos ver vários exemplos nas cartas de Paulo:
Na carta aos Colossenses (1:26) o apóstolo fala do “mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos.” O mistério, outrora oculto mas agora revelado na sua gloriosa plenitude é a habitação de Cristo nos seus santos: “Cristo em vós, a esperança da glória” (27).
A Igreja é outro mistério agora revelado: “O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas” (Ef 3:5).
Em Romanos 16:25-26 o grande servo do Senhor escreve: “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde os tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé”. Notemos as palavras usadas nestes versículos: “esteve oculto” “agora revelado” “se manifestou” etc.
Em I Tm 3:16 temos um mistério que Paulo chama de “evidentemente grande”, ou seja, muito importante. O historiador eclesiástico do quarto século, Eusébio (263 a 339 d.C.), chama este versículo de “hino antigo”. Pode até ter sido cantado entre os cristãos, todavia o que é mais importante é o fato que é inspirado por Deus.
“O Mistério de Piedade”. O que significa a palavra “Piedade”? Piedade se refere à reverencia e respeito para com Deus. Alguns entendem o sentido do versículo ser “Grande é o mistério da nossa crença, a nossa fé” que agora Paulo resume nestas palavras importantes.
1. DEUS SE MANIFESTOU EM CARNE
Todas as lojas em novembro e dezembro fazem referência ao Natal. No meio das decorações, presentes e a empolgação são poucos os que se lembram que nestas cinco palavras temos a verdadeira mensagem de Natal!
“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4:4).
É sempre importantíssimo lembrar que Ele não continuou sendo “o bebê de Belém”, mas que era “Deus manifesto em carne” com um propósito aqui na terra como revelado pelos anjos:
“Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens” (Lc 2:14).
2. FOI JUSTIFICADO NO ESPÍRITO
No Novo Testamento a palavra “espírito” pode se referir ao espírito do homem ou ao Espírito Santo. Alguns crêem que Cristo se sentiu justificado no seu próprio espírito. È verdade, pois Ele jamais precisava a justificação que vem de fora, o que nós precisamos, todavia creio que é melhor entender aqui que Cristo foi justificado pelo Espírito, ou seja, o Espírito Santo demonstrou ao mundo que o que Cristo dizia ser era a verdade acerca de Si mesmo. O Espírito Santo continua fazendo o mesmo trabalho!
3. FOI CONTEMPLADO POR ANJOS
Uma tradução melhor desta frase seria: “se apresentou aos anjos”. Quando O Senhor Jesus foi visto pelos anjos? Muitas vezes! Já falamos de Belém, mas podemos lembrar como os anjos ministraram a Ele depois de sua tentação (Mt 4:11), na hora da agonia no jardim de Getsêmani (Lc 22:43) antes da crucificação, os anjos declararam Sua ressurreição (Mateus 28) e assistiram Sua ascensão (At 1:10).
Creio, porém, que esta apresentação aos anjos foi depois de tudo isso quando Cristo voltou ao céu e se apresentou a Deus perante todos os santos anjos.
4. FOI PREGADO ENTRE OS GENTIOS
A palavra “gentios” significa, as “nações”. O fato de Cristo ser pregado aos gentios também foi um mistério, tão grande que Pedro não acreditava nisso até que foi-lhe revelado numa visão do céu (Atos 10:1-48). Esta é a nossa responsabilidade como servos e servas do Deus vivo hoje!
“Oh, vede os campos branquejando!
Irmãos, é tempo de ceifar!
Depressa a vida vai passando,
Não recusemos trabalhar!
Oh quem irá?
Dizer-lhes que há um Salvador?
Pois manda-me Tu, meu Senhor.”
José Ilídio Freire (1892-1987)
5. FOI CRIDO NO MUNDO
Vemos que o Seu próprio povo rejeitou ao Senhor Jesus:
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1:11).
Não tem sido sempre a verdade! Muitos ainda o rejeitam, mas graças a Deus por qualquer adulto e criança que O recebe pela fé! No mundo inteiro tem pessoas que hoje estão se convertendo ao Senhor Jesus, muitas vezes sob grande oposição e resultando em feroz perseguição por parte de parentes e colegas.
6. FOI RECEBIDO ACIMA NA GLÓRIA
O Cristo ressurreto e vivo, ascendeu em triunfo à gloria do céu. Hoje Ele está assentado à destra do Pai. Para sempre será admirado e exaltado pelo que realizou aqui na terra.
“Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra e glória, e ações de graças” (Ap 5:12).
Anos atrás ouvi uma mensagem do irmão Jim Flanigan (da Irlanda do Norte). Ele descreveu graficamente uma visita que fez a Betânia, o lugar de onde Cristo subiu para o céu. Comentou no grande contraste entre Betânia, uma cidade pequena e poeirenta, e o céu para onde o Salvador foi!
Graças a Deus temos a mesma esperança, não sabemos quando, mas um dia o Senhor Jesus voltará e seremos arrebatados e levados à glória para estarmos para sempre com Ele. “Amém! Vem, Senhor Jesus!”
Jaime Jardine
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Reflexões!!
Não existe um investimento seguro. Amar é ser vulnerável. Ame qualquer coisa e seu coração irá certamente ser espremido e possivelmente partido. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, não deve dá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva-o cuidadosamente em passatempos e pequenos confortos, evite todos os envolvimentos, feche-o com segurança no esquife, ou no caixão do seu egoísmo. Mas nesse esquife -- seguro, sombrio, imóvel, sufocante ¿ ele irá mudar. Não será quebrado, mas vai tornar-se inquebrável, impenetrável, irredimível. O único lugar fora do céu onde você pode manter-se perfeitamente seguro contra todos os perigos e perturbações do amor é o inferno.
Sobre a Amizade
Essas são as reuniões de ouro - quando quatro ou cinco de nós depois de um dia cansativo entramos na estalagem; quando calçamos os chinelos, estendemos os pés para o fogo, com uma bebida ao lado; enquanto o mundo inteiro, e algo além do mundo, abre-se para as nossas mentes quando conversamos; e ninguém têm nada a reivindicar nem qualquer responsabilidade em relação a quem quer que seja, mas todos são igualmente homens livres e iguais como se tivéssemos nos encontrado pela primeira vez há uma hora, enquanto ao mesmo tempo uma afeição temperada pelo tempo nos envolve. A vida - a vida natural - não possui dom melhor a ofertar. Quem seria digno de merecê-lo? C.S. Lewis
Sobre a humildade
Não pense que uma pessoa realmente humilde seja o que a maioria das pessoas chama de "humilde" hoje em dia; não é um tipo escorregadio e bajulador que está sempre a dizer que não é ninguém. Provavelmente a impressão deixada por quem seja verdadeiramente humilde é que se trata de alguém muito alegre e inteligente, tendo demonstrado um grande interesse pelo que você the contou. Se você não gostou dele, é porque você tem um pouco de inveja de quem quer que pareça gozar a vida tão facilmente. Ele não é do tipo que pensa em humildade; aliás não chega nem mesmo a pensar em si próprio. A quem queira adquirir a humildade, acho que posso ensinar-the o primeiro passo. É compreender que somos orgulhosos. E este é também um passo enorme. Bem, ao menos nada, nada mesmo, pode ser feito antes disso. Se pensamos que não somos orgulhosos é sinal de que, na realidade, somos muito orgulhosos. (C.S. Lewis, Mero Cristianismo)
Um poema A Prece Vespertina do Apologista C.S. Lewis
De todas as minhas pobres derrotas e oh! de muito mais eu sei, De todas as vitórias que aparentemente conquistei, Da sagacidade que em teu favor demonstrar consegui, À qual, enquanto pranteiam anjos, o auditório ri; De todos os meus esforços, para a tua divindade provar, Tu, que não concedeste um sinal, vem me livrar. Pensamentos como moedas são. Que eu não confie, em lugar De confiar em Ti, na imagem gasta de tua face neles a brilhar. Dos pensamentos todos, até os que de acerca de Ti venha a ter, Ó tu, Belo Silêncio, cai e vem libertar meu ser. Do fundo da agulha e da estreita porta o Senhor, Livrar-me vem do vão saber para a morte não ser meu penhor.
Sobre Milagres
Você está provavelmente certo em pensar que jamais verá um milagre. Está provavelmente certo também em pensar que houve uma explicação natural para tudo em sua vida passada que à primeira vista pareceu "estranho". Deus não sacode milagres sobre a natureza ao acaso, como se usasse um saleiro. Eles surgem nas grandes ocasiões: sendo encontrados nos grandes centros de força da história não da história política ou social, mas da espiritual que não pode ser plenamente conhecida pelos homens. Se a sua vida não se acha próxima de um desses grandes centros, como poderia esperar observá-los? Se fôssemos missionários heróicos, apóstolos ou mártires, a coisa seria diferente. Mas, por que você ou eu? A não ser que você viva perto de uma estrada de ferro, não verá os trens passarem pela sua janela. Qual a probabilidade de um de nós presenciarmos a assinatura de um tratado de paz, de estar presente a uma grande descoberta científica ou quando um ditador comete suicídio? Que vejamos um milagre é ainda menos provável. Nem estaremos ansiosos para isso. "Quase nada vê os milagres senão a miséria." Os milagres e os martírios tendem a aglomerar-se nas mesmas áreas da história cujas áreas não desejamos freqüentar. Aconselho você, com toda sinceridade, que não exija uma prova ocular a não ser que esteja perfeitamente certo de que isso não acontecerá. (C.S. Lewis)
terça-feira, 13 de julho de 2010
Armadilha de Saber Demais
Por Jim Mathis
Ted DeMoss, presidente emérito do CBMC, ocasionalmente comentava que determinada pessoa tinha “uma formação acima de sua inteligência”. Era sua maneira bem-humorada de descrever alguém que sabia muito mas pensava pouco. Em outras palavras, ele acreditava que conhecimento não trabalhado, poderia ser perigoso se usado descuidadamente.
Tenho visto isso em mim mesmo. No início de minha carreira abri um negócio de revelação de fotos. Não sabia absolutamente nada sobre revelação. Portanto, tinha que pensar cuidadosamente em tudo e descobrir tudo por mim mesmo, confiando no meu coração e minha intuição (hoje sei que aquilo era sabedoria vinda de Deus e não qualquer conhecimento real que eu tivesse). Essa abordagem intuitiva levou a soluções criativas, que fizeram meu estúdio destacar-se entre os concorrentes, resultando em grande sucesso comercial.
Anos mais tarde engajei-me em outro projeto. Eu me sentia muito bem preparado e apliquei as mesmas regras dos concorrentes. Apesar de ter adquirido mais conhecimento sobre a profissão, o negócio não era mais bem sucedido do que outros do mesmo ramo. Olhando em retrospecto, estou certo que isso se devia ao fato de não ter sido forçado a ser criativo na busca de novas e melhores maneiras de fazer as coisas. Nós confiamos em nosso conhecimento e nas práticas do nosso ramo. Aparentemente eu sabia demais, mas isto não me beneficiava.
Parece contraditório. Era de se esperar que quanto mais conhecimento sobre alguma coisa melhor. Mas as coisas nem sempre funcionam assim. Tomemos, por exemplo, Steve Jobs, a força criativa por trás dos computadores Apple. Duvido que ele tivesse iniciado a empresa se viesse de uma experiência com IBM, que usava abordagem diferente na solução de problemas tecnológicos. A falta de experiência em computadores de Jobs levou-o a pensar de maneira inteiramente nova, às vezes não ortodoxa, mas que se mostrou muito produtiva.
Na esfera espiritual somos exortados a confiar em Deus e não em nosso próprio conhecimento:“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas” (Provérbios 3.5-6). Isso às vezes é difícil para veteranos do mundo empresarial e profissional, porque estão acostumados a buscar soluções tangíveis e mensuráveis para os problemas, em vez de agir pela fé. Contudo, é exatamente isto que Deus pede aos Seus seguidores.
Antes do período renascentista, do século XIV ao XVII, supunha-se que as pessoas eram essencialmente iguais. Se alguém fosse capaz de produzir algo na arte, na música ou na literatura, se devia a algum dom sobrenatural. Dizia-se que a pessoa “tinha” um gênio – habilidade divinamente conferida – e não que “era” um gênio. No Renascimento, entretanto, o pensamento humanista concluiu que o homem possuía criatividade própria, sem precisar de ajuda ou intervenção sobrenatural. Creio que esta linha de pensamento seja incorreta.
A Bíblia afirma que Deus concede ou não, dons e habilidades especiais. Assim, não deveríamos atribuir a nós mesmos demasiado crédito por possuí-los, nem nos sentirmos inferiores se não tivermos os dons que desejamos. Deus proporcionou a cada um de nós dons e talentos específicos, mesmo quando estes chegam até nós sob formas que não nos pareçam um dom. Se confiarmos Nele e em Sua direção, e não em nosso próprio conhecimento e entendimento, vamos nos descobrir usando e apreciando plenamente as habilidades exclusivas que Ele concedeu a cada um de nós.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Rir é o melhor remédio
— Senhor, por que a fizeste tão linda?
— Foi para que você a amasse — responde o Senhor.
— Mas por que a fizeste tão burra?
— Foi para que ela amasse você.
sábado, 3 de julho de 2010
Sobre a morte e o morrer
Rubem Alves
O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?
Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...
Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.
Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”
Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...”
Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.
Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".
Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.
Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.
Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?
Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.
Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".
Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.
Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.
Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12-10-03. fls 3.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Sexo para combater a hipertensão
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Pressa, o vício que leva à tensão!
Vivemos em um mundo de velocidade. Em todas as áreas da vida humana o fator “menor tempo” é essencial. Computadores fazem cálculos à velocidade da luz, carros e aviões estão cada vez mais velozes e até na culinária o tempo foi abreviado: alimentos cozidos em fornos de micro-ondas levam a metade do tempo para ficar prontos. A rapidez com que tudo acontece e chega a nós através dos meios de comunicação também nos pressiona a correr.
A pressa nos leva a um constante estado de tensão; estamos sempre em estado de alerta, como se vivêssemos um filme de suspense contínuo. Não sabemos o que nos aguarda na próxima cena, por isso ficamos em expectativa constante.
Este estado coloca-nos sob pressão e, como consequência, entramos em ansiedade e até depressão. Algumas vezes o quadro de tensão é agravado pelo medo: medo do desemprego, da perda do cônjuge, ou filhos, da solidão, da violência, do trânsito, da morte, de enfermidades, de crise financeira, da justiça e da injustiça, da falência, do homem e até mesmo do próprio medo. Muitos acabam se tornando realmente viciados em fazer tudo com pressa e deixam de aproveitar os momentos agradáveis da vida. Queremos sair desse círculo vicioso, mas não conseguimos.
Várias doenças que “explodem” no organismo humano sem causa aparente são resultantes dessas tensões e pressões. Cerca de seis entre dez pacientes de Clínica Geral saem dos consultórios com receitas de tranquilizantes. São pessoas extremamente preocupadas com tudo e todos; que veem apenas o lado negativo das coisas, sem perspectiva de vida. Estão desgostosas com elas mesmas e com os que as cercam, vivem ansiosas quanto ao dia de amanhã. Algumas exteriorizam estes sintomas e são chamadas de nervosas, histéricas, etc. Outras tentam escondê-los, mas devido à necessidade do organismo em extravasá-los, eles se manifestam através de algum órgão em forma de enfermidade.
É difícil para muitos acompanhar os noticiários de TV – rebelião de presos, assalto com sequestro, escândalos, aumento de preços, recessão, greves, manifestações, etc. Parece que nada de bom acontece no mundo.
O primeiro passo no processo de recuperação reside na identificação dos motivos geradores da ansiedade. Quem sabe haja insônia e irritação sem, no entanto, uma explicação aparente. Analisando a área profissional, percebe-se que se está trabalhando sem descanso há anos. Sem dúvida alguma, neste caso, o “tirar férias” seria um fator de alívio e equilíbrio para o indivíduo.
Sejamos ainda mais práticos: você e sua família têm desenvolvido novas amizades? Separado tempo para o lazer? A vida não pode ser feita somente de trabalho e igreja. O lazer saudável influencia grandemente nosso viver. Que tal um piquenique no feriado? Ou um passeio no parque para “renovar” o ar nos pulmões? Seja criativo! Faça pequenas surpresas à família.
Muitas vezes tensões são causadas por problemas de saúde, de relacionamentos em geral, etc. Uma vez feita a identificação dos motivos, devemos analisá-los na presença do Senhor, expondo-os abertamente. Ainda debaixo de oração procure os meios mais práticos para enfrentá-los. É inegável que existem situações em que toda lógica existente, planejamentos e ação tornam-se inúteis. Precisamente nessas horas devemos colocar coração e mente firmados nas promessas do Senhor, em humildade e contrição reconhecer nossa incapacidade de lidar com o problema e, tal qual uma criança, nos lançarmos nos braços amorosos do Pai, sabendo que Ele é perfeitamente capaz de nos guiar e orientar.
Encontramos na Bíblia esperança e conforto (Salmos), orientações práticas para o viver diário (Provérbios), atuação de Deus na vida de pessoas como nós (Daniel), preciosas promessas que incentivam a prosseguir (Isaías). A Palavra de Deus contém ensinamentos que abrangem a vida do homem integral. Seja curioso! Busque diligentemente conhecer a vontade de Deus revelada nas Escrituras.
Levados pelo vício da pressa em nosso dia a dia nós deixamos de nos apropriar, e de colocar em prática, promessas preciosas ali registradas para que as utilizemos cotidianamente. Uma delas encontra-se em Filipenses 4:6-7: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ações de graça, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus”.
Vemos neste texto que, se levarmos até Deus a ansiedade do nosso coração, teremos paz duradoura, independentemente das circunstâncias. Então... Parar na presença do Senhor, aquietar nosso coração e conversar e caminhar com Ele é o melhor remédio para desacelerar, “desintoxicar” e manter o ritmo certo para a caminhada!
Luiz Antonio Caseira é Médico Fisiatra e foi professor do curso de medicina da Universidade do Rio de Janeiro. É o vice-diretor da Missão Vencedores por Cristo. É casado e tem dois filhos.
(É permitida a reprodução total ou parcial do conteúdo do material editorial publicado, desde que citada a fonte e com autorização prévia e documentada da REVISTA LAR CRISTÃO)
sábado, 19 de junho de 2010
Divorcio e segundo casamento
Há sempre uma dúvida no pensamento das pessoas a respeito deste assunto. Independente do que se pensa, devemos lembrar as palavras de Deus: “Eu odeio o divórcio”. Seu plano é que o casamento seja uma aliança, “o que Deus uniu ninguém separe”.
Deus sabe que o casamento envolve dois pecadores, conseqüentemente o divórcio pode ocorrer, porém, Ele estabeleceu algumas leis para proteger os direitos dos divorciados, em particular das mulheres. Jesus mostrou que essas leis foram dadas por causa da dureza do coração das pessoas, não era o desejo de Deus.
Por isso, a única possibilidade que Deus concede permissão para que o divórcio e o segundo casamento possam ocorrer, foi dita por Jesus: “por causa de infidelidade”. Muitos entendem esta “clausula de exceção” referindo-se à “infidelidade matrimonial” durante o período de “compromisso pré-nupcial”.
O costume judeu considerava as pessoas casadas a partir do momento que estavam “prometidas” um ao outro. A única razão válida para um divórcio seria a imoralidade. Mas, a palavra grega traduzida “infidelidade conjugal” significa qualquer forma de imoralidade sexual, como sendo, fornicação, prostituição, adultério, etc. Jesus diz que o divórcio é permitido se é cometida imoralidade sexual.
A Bíblia diz: “e serão dois uma só carne”, por este motivo, uma quebra neste laço por relações sexuais fora do casamento, é razão para que seja permitido o divorcio; neste caso, configura-se a clausula de exceção, porém, somente a parte inocente tem a permissão de se casar uma segunda vez. Apesar de não estar claramente colocada no texto, essa é uma demonstração da misericórdia de Deus para com aquele que sofreu com o pecado do outro.
Alguns entendem a expressão bíblica “todavia, se o descrente separar-se, que se separe” como outra exceção, que permite o segundo casamento. Porém, o contexto não menciona a permissão para que a “parte culpada” possa casar-se outra vez, este conceito não é ensinado nesse texto.
Qualquer que seja o significado da “infidelidade conjugal”, esta é uma permissão para o divórcio, não um requisito para ele. Quando um casal comete adultério, pode através da graça de Deus, aprender a perdoar e começar a reconstruir o casamento; o perdão devem ser atributos presentes na vida de um crente. Deus nos perdoou por muito mais, podemos seguir seu exemplo. Entretanto, algumas vezes o cônjuge não se arrepende e nem se corrige e continua na imoralidade, está praticando o adultério. É aí que Mt. 19:9 pode possivelmente ser aplicado. Outros se apressam em fazer um segundo casamento depois de um divórcio. Às vezes Deus pode estar querendo que continue solteira para quê a sua atenção com Ele, não seja dividida. O segundo casamento é uma opção, não significa que seja a única opção.
Um crente divorciado e/ou que tenha se casado novamente não deve se sentir menos amado por Deus. Ele usa até a desobediência pecaminosa dos cristãos para executar um bem maior.
Hospital Psiquiatrico - O teste da banheira
- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?
O diretor respondeu:
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.
- Ah! Entendi. - disse o visitante. Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.
- Não! - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?
"As vezes a vida tem mais opções do que as oferecidas, basta saber enxerga-las".
Agora diz ...vc escolheu o balde, né? rsrsr!
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Bem, você foi traído. Dá para perdoar? Tudo depende...
Nos meus atendimentos, tenho presenciado várias histórias de casais que se aproximaram como nunca após um episódio de traição. Isto só foi possível, porque após a descoberta do fato, ambos se propuseram a discutir profundamente sobre tudo o que não está bem na relação, através de um programa de aconselhamento de casal. Eles se comprometeram a mudar e recomeçar o casamento. Sim, é um recomeço que requer muito trabalho até que o traído volte a sentir confiança em quem o traiu. O adultério é a única condição, segundo a Bíblia, em que a esposa (o) traída pode solicitar o divórcio, e conseqüentemente, a destruição formal daquilo que Deus criou. Embora o divórcio esteja na Bíblia como saída natural ao problema da infidelidade, ele não é autorizado segundo a vontade do coração de Deus. Quando muitos fariseus foram até Jesus para testá-lo, a pergunta foi: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Respondeu-lhes Ele: “não lêste que no principio o Criador os fez macho e fêmea, e disse “portanto deixará o pai e mãe, e se unirá a sua mulher, será os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Perguntaram-lhe então por que mandou Moisés (e não Deus) dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Respondeu Jesus: “Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim” (Mt. 19:3-8). Ou seja, a decisão de divorciar-se é de inteira responsabilidade do ser humano, sendo uma permissão puramente humana, que não passou e nem passa pelo desejo do coração de Deus. Um dos maiores problemas que os casais enfrentam quando estão em crise é justamente a falta de diálogo. Há um acúmulo de situações desagradáveis em que ambos têm dificuldades em expressar-se por medo da reação do parceiro. Por medo de magoar ou causar uma discussão indesejável acaba instalando o silêncio, que com o tempo, vai prejudicando a relação conjugal. Não conversam sobre o que não está legal, vão se acumulando insatisfações e frustrações, o que poderá dar margem à vontade de estar com alguém que não o frustre tanto. É imprescindível que o casal entenda as motivações que levaram uma pessoa a trair, para que possa haver uma auto-avaliação de cada um na relação e fará com que ambos assumam novamente, suas responsabilidades na manutenção do amor. É preciso alimentá-lo sempre. Sempre há a possibilidade de perdão por quem ama e o arrependimento sincero de quem traiu. É possível reconstruir uma relação pautada em novos modelos de funcionamento e em especial num diálogo franco, atitudes transparentes e a presença de Jesus constantemente. Quem disse que é fácil manter um casamento feliz sem momentos de crise? O importante é saber superá-las e tirar o maior proveito para nosso crescimento.
domingo, 30 de maio de 2010
Que Fragrância Você Exala?
Por Robert J. Tamasy
Recebemos impressões e chegamos a conclusões baseados no que vemos e ouvimos. Entretanto, nosso modo de pensar, também pode ser influenciado pelo que cheiramos. Quando garoto sempre gostei do cheiro dos lápis de cera. Representavam a oportunidade de ser criativo pintando as figuras do livro para colorir. Amo e acho revigorante o cheiro de café pela manhã. A ida ao cinema será incompleta sem o cheiro de pipocas. E não conheço ninguém que não aprecie o “cheiro de carro novo” de um zero quilômetro.
Os ambientes de trabalho têm também cheiros e odores característicos. Quando trabalhava em jornais havia o cheiro inconfundível de tinta e papel para impressão, que eu levava para casa impregnado em minhas roupas. Quando ao caminhar passamos por um restaurante, os aromas que pairam nas imediações nos tentam a entrar e checar o menu. Certas instalações fabris são conhecidas pelo cheiro de seus produtos e dos processos que utilizam.
Você já pensou que, como profissionais e pessoas de negócios, também exalamos “perfumes” exclusivos que nossos companheiros de trabalho notam? Não me refiro ao desodorante (ou à falta dele), gel capilar ou colônia. Mas da fragrância da nossa personalidade – o “ar” que nos segue quando entramos no ambiente ou chegamos para uma reunião. Como somos: entusiasmados ou taciturnos, otimistas ou pessimistas, ativos ou letárgicos, ansiosos ou relutantes?
Nossas crenças afetam o “perfume” que projetamos para os outros. A Bíblia diz que através de Seus seguidores Deus “exala em todo lugar a fragrância do Seu (de Cristo) conhecimento" (II Coríntios 2.14). Os seguidores de Jesus Cristo, onde quer que estejam, são Seus representantes. Considere as ramificações disto:
Somos embaixadores de Deus. Assim como um embaixador estrangeiro representa sua nação em outra parte do mundo, os seguidores de Jesus são Seus “embaixadores” junto àqueles que ainda não O conhecem. Isto pode ser bom ou mau. Assim como embaixadores deficientes dão uma má impressão sobre seu país, um seguidor de Jesus hipócrita ou sem consistência, pode dar uma impressão insatisfatória aos outros. “Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o Seu apelo por nosso intermédio” (II Coríntios 5.20).
Somos a “equipe de vendas” de Deus. O melhor vendedor é o consumidor satisfeito, que usou e apreciou o produto ou serviço e seus benefícios. De maneira similar, os que seguem a Jesus estão bem equipados para falar o que Ele significou em suas vidas e o que Ele pode significar para outros.“Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus” (II Coríntios 5.20).
Somos a linha divisória de Deus. Nem todos reagirão favoravelmente aos que seguem e vivem para Jesus Cristo, não importa o que seja dito ou feito. Tudo o que podemos fazer é viver tão genuína e fielmente quanto possível, deixando que os outros respondam da forma que escolherem. “Porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo. Para estes somos cheiro de morte; para aqueles, fragrância de vida” (II Coríntios 2.15-16).
O que importa é que para aqueles que rejeitam Jesus, Ele deve ser motivo de ofensa, não para os que O seguem. “Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair; e aquele que nela confia jamais será envergonhado” (Romanos 9.33).
domingo, 25 de abril de 2010
Como é grande o meu amor por você!
Mas o maior amor mesmo é o de Jesus que deu a Sua vida por nós
Com tantas notícias ruins
Relembrar do amor de Jesus só faz bem
É maníaco matando e se suicidando
São religiosos comprometendo a pureza das crianças nos seus desvarios sexuais
Com chuvas e desastres sem fim
É só ligar a tv, principalmente naquele horário no começo das noites...
É terrível, é só desgraça.
Mas ao abrir a Palavra de Deus, em todos os momentos
Podemos sentir o recado da música
Como é grande o meu amor por você
Só um amor tão grande poderia dar a vida
Só um amor tão grande poderia remir os pecados
Só um amor tão grande poderia abrir os céus
Só um amor tão grande poderia garantir os céus
A poesia permite quase tudo, mas o nunca se esqueça, nem um segundo
É do amor de Jesus
Este sim é eterno
Ele diz a mim e a você neste momento
Como é grande o meu amor por você...
Você está triste? Como é grande o meu amor por você
Você está alegre? Como é grande o meu amor por você
Você está doente? Como é grande o meu amor por você
Você está sadio? Como é grande o meu amor por você
Você está desempregado? Como é grande o meu amor por você
Você está empregado? Como é grande o meu amor por você
De qualquer jeito: Como é grande o meu amor por você
Você está vivo? Como é grande o meu amor por você
Não morra sem este amor por você!
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Divisão de bens entre Adão e Eva
- Tenho dois presentes para distribuir entre vocês: um é para fazer xixi em pé e....
Adão, ansiosíssimo, interrompeu, gritando:
- Eu! Eu! Eu! Eu! Eu quero, por favor...Senhor, por favor, por favor....
Sim? Facilitaria a minha vida substancialmente! Por favor! Por favor! Por favor!
Eva concordou edisse que essas coisas não tinham importância para ela.
Entao, Deus na sua infinita bondade presenteou Adão.
Adão ficou maravilhado. Gritava de alegria, corria pelo Jardim do Éden, fazendo xixi em todas as árvores. Correu pela praia fazendo desenhos com seu xixi na areia. Brincava de chafariz. Acendia uma fogueirinha e brincava de bombeiro...
Deus e Eva contemplavam o homem louco de felicidade, até que Eva perguntou a Deus:
E...qual é o outro presente?
Deus respondeu:
- Cérebro, Eva, cérebro.
sábado, 3 de abril de 2010
AS QUATRO ESTAÇÕES DO CASAMENTO
Todos sabemos quais são as quatro estações do ano: Primavera, verão, outono e inverno.
A primavera é a estação das flores, o verão é a época do calor, o outono é a época das frutas e finalmente o inverno é a época do frio.
A Palavra do Senhor nos diz: "Tudo tem seu tempo determinado e há tempo para tudo debaixo do céu." (Ec 3.1).
Vejamos então como se apresentam as estações.
A Primavera
A característica mais marcante da estação é o reflorescimento da flora e da fauna. Muitos animais aproveitam a temperatura ideal da estação para se reproduzir.
Na Primavera matrimonial se reconhecerá essa estação quando chegar também o tempo de se reproduzir. "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra" disse o Senhor (Gn 1.28).
Na primavera os dias ficam mais longos. Certamente isso poderá ser bem aproveitado: No livro dos Salmos 30:5 lemos : "...O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã".
Para os casais é sempre bom lembrar que depois do inverno a primavera há de chegar. Cantares de Salomão 2.11: "Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira começou a dar seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem".
O Verão
Suas principais características são dias longos e quentes (temperatura elevada), mas também possui dias geralmente chuvosos. Por possuir dias quentes, a tendência é acontecer evaporação da águas e com isso acontecer a precipitação, ou seja, a formação das nuvens de chuva.
No casamento o verão é muito importante. No amor é preciso calor e muita intensidade, mas é preciso ter cuidado com a precipitação, não podemos permitir que ela nos apanhe desprevenidos. Geralmente no casamento quem se precipita, tem sempre algo do que se arrepender.
O Outono
O outono é a estação que marca a transição entre o verão e o inverno. O outono é conhecido como a estação das frutas. Por ser uma fase de transição entre o verão e o inverno, o outono apresenta características de ambas as estações: redução de chuvas, mudanças bruscas no tempo, nevoeiros em algumas regiões.
Entre outras características do outono, podemos citar o fato dos dias e das noites terem a mesma duração. Devemos ter muito cuidado quando no casamento chegarmos à estação do outono para que não mergulhemos na "mesmice" e corramos o risco da monotonia.
No outono matrimonial será tempo de frutificar. Ezequiel 47:12 afirma: "Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não murchará a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio".
O Inverno
Inverno é a mais fria estação do ano. O inverno é caracterizado, principalmente, pelas baixas temperaturas. Durante a estação, várias espécies de animais, principalmente de pássaros, migram para outras regiões mais quentes.
Se no matrimônio o casal não está atento à chegada do inverno matrimonial, as coisas podem se complicar. Pois no inverno, quando o relacionamento é frio, e tudo parece cinza ao redor, é quando um dos cônjuges acaba por escolher "migrar" para outras regiões. Vai à procura daquilo que sente falta na relação matrimonial.
Outros animais, como ursos, hibernam no inverno, reduzindo grandemente sua atividade metabólica. Em muitas regiões, pode ocorrer a incidência de neve e geadas.
Geralmente no período do inverno matrimonial somos tomados por um instinto de "hibernar". É aquela estação de nossas vidas onde não desejamos realizações, falta-nos motivação suficiente para caminhar.
Quando o inverno matrimonial chegar será preciso estar muito atento. Provérbios 20:4 diz: "O preguiçoso não lavra por causa do inverno, pelo que, na sega, procura e nada encontra".
O inverno matrimonial é um tempo que requer do casal o andar juntinho. Em Eclesiastes 4:9,11 está escrito: "Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?"
Essa é uma boa orientação para enfrentar o inverno matrimonial.
Antonio Vivaldi (1678- 1741), padre veneziano contemporâneo de Bach, que nos legou belas composições, descreveu as melodias das estações no concerto "As Quatro Estações".
"As Quatro Estações", a peça mais famosa de sua obra, faz parte de 12 concertos denominados O diálogo Entre a Harmonia e a Criatividade. "Nessa série, se acentua a tendência ao sentido pitoresco que resulta na tentativa de se expressar, musicalmente, fenômenos da natureza ou sentimentos, como a primavera, o verão, o outono e o inverno.
O que dizer das quatro estações de Vivaldi? Fantástico. Apliquemos contudo o título de sua obra ao casamento.
Primeiro o Diálogo - Sabemos que diálogo é uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas. O Outono (estação do ano) é o exato diálogo do Verão com o Inverno. Com isso reconhecemos aqui a importância do diálogo também nas estações do matrimônio.
Deus propôs para o casamento o diálogo: "Não é bom que o homem esteja só" (Gn 2.18). Se Deus desejasse que a vida fosse um MONÓLOGO, Deus permitiria ao homem viver sozinho.
O diálogo entre o Marido e a Mulher, ou a falta dele, afetarão diretamente o diálogo e o relacionamento do casal com Deus. Vejamos: "Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações" (1Pedro 3.7).
Em segundo lugar a Harmonia - Em se tratando de música, e disso entendia Vivaldi, a harmonia é o campo que estuda as relações. Para que a música seja harmônica você deve obedecer a uma série de normas.
No casamento não é diferente, é preciso um cuidado profundo nas relações, para não prejudicar a harmonia.
Na música a função principal do sistema tonal é a tônica. A questão toda se resume na tônica ou seja, na aproximação (dominante) e afastamento (subdominante).
No casamento precisamos, para uma boa construção harmônica, considerar a "dominante".
Efésios 5.22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
Efésios 5.25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela.
Analisado essa regra harmônica, e respeitada a "tônica" que nos foi colocada, não há como desafinar na relação marido e mulher.
Por último a Criatividade - Um dos principais 'combustíveis' para a criatividade é a imaginação. Pessoas criativas estão sempre dispostas a enxergar novas possibilidades e buscar novas relações entre as coisas.
A criatividade se apresenta através de duas linhas de raciocínio: o divergente e o convergente.
*************
Visite o blog do Pr. Carlos Elias, da Primeira Igreja Batista de Campo Grande, RJ
PÁSCOA E FAMÍLIA
por: Gilson Bifano
A Páscoa se aproxima. Época para o comércio levantar recursos financeiros. O comércio precisa disso. Se não fossem essas datas especiais, muitos não poderiam ter seus empregos e a economia sofreria. O problema é que muitas vezes, a forte ênfase no chocolate, no coelhinho, no pescado desvia nossa atenção e perdemos a beleza dos significados bíblicos dessa data.
Quando abrimos a Bíblia e lemos os textos a respeito da Páscoa (Ex 12.1-13; 21-27; 43-49; Dt 16.1-8). Podemos verificar, especialmente no livro de Êxodo, a presença da família nessa festa judaica.
Nas ordens dadas por Deus a Moisés e a Arão, o critério para o sacrifício é que cada família deveria ter o seu próprio cordeiro pascal (Ex 12.3,21).
A primeira Páscoa, conforme o relato de Êxodo, a adoração, deveria ser familiar. Mais uma vez podemos notar o desejo de Deus em ser adorado, em primeiro lugar, no íntimo de cada casa, de cada lar, de cada família (Ex 12.46). Procure fazer isso nessa Páscoa com sua família. Quando Jesus celebrou a Páscoa com seus discípulos, como uma família, foi numa casa (Mt 26.18). O espírito de culto comunitário estava presente (Ex 12.6), mas através de cada família israelita.
Havia também um espírito de comunidade, de entrelaçamento das famílias, de comunhão. Caso uma família fosse pequena para comer um animal inteiro, a ordem era procurar a família mais próxima, e juntas, desfrutarem da comunhão (Ex 12.4). Deus, ao salientar esse detalhe, estava demonstrando o Seu desejo de que as famílias tivessem comunhão, que houvesse um espírito de solidariedade e de compartilhamento. Há estudos que indicam que famílias fortes procuram manter o espírito comunitário. São famílias que não se fecham em si mesmas. Estão sempre abertas para repartir, doar, compartilhar. Quem sabe sua família poderia convidar uma família carente para passar juntos a Páscoa. Uma outra sugestão: convide uma pessoa que more sozinha. Quem sabe um solteiro, uma pessoa que esteja enfrentando a dor do divórcio, uma viúva.
Páscoa também nos lembra livramento familiar. Ao sacrificarem o cordeiro, as famílias deveriam passar um pouco de sangue nas laterais e nas vigas superiores das portas da casa (Ex 12.7). Neste texto, vemos o cuidado de Deus para com as famílias israelitas no Egito. Deus tinha um propósito em preservá-las, como iremos observar no próximo tópico. Nessa Páscoa, procure agradecer a Deus pelo cuidado, pela proteção que Ele tem tido para com sua família. Vivemos dias tão violentos que agradecer a Deus por cada dia vivido deve ser um exercício contínuo, individual e familiar.
Por último, Deus instituiu a Páscoa para que fosse, para sempre, um instrumento de propagação da fé. E isso deveria acontecer em família! Falar do amor, da bondade, da misericórdia e do cuidado de Deus às gerações futuras é tarefa, em primeiro lugar, da família! O relato bíblico diz: “Quando os seus filhos lhes perguntarem: ‘O que significa esta cerimônia?’, respondam-lhes: É o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito e poupou nossas casas quando matou os egípcios” (Ex 12.26,27 NVI). A comemoração da Páscoa seria um instrumento pedagógico para falar aos filhos e netos sobre a bondade e fidelidade de Deus. Nesta Páscoa não perca a oportunidade de falar para os seus filhos e netos sobre a bondade de Deus. Fale que em várias passagens da Bíblia Jesus é apresentado como um Cordeiro (Jo 1.29; Ap 4.6). Que Ele, Cristo, é o nosso Cordeiro pascal (1 Co 5.7).
terça-feira, 23 de março de 2010
MILONGAS CORPORATIVAS
Hoje vou pegar no pé dos gurus de recursos humanos (RH). Até pouco tempo atrás, os trabalhadores do setor privado eram classificados como “empregados” e os do setor público como “funcionários”. De repente, os gurus de RH começaram a dizer que era feio chamar alguém de “empregado” e deveríamos passar a chamá-los de “funcionários”. Depois de um tempo, resolveram dizer que “funcionário” também não fica bem e, portando, deveríamos chamá-los de “colaboradores”. Essa é a primeira milonga, conforme justifico mais adiante.
A segunda milonga, muito em voga nos dias atuais, é essa história de dizer que a empresa é uma “família”. Um dia eu ia de avião para São Paulo e um anúncio da empresa dizia: “aqui, somos uma grande família”. A moça que viajava do meu lado elogiou a peça publicitária e me perguntou o que eu achava. Respondi-lhe que aquilo era, para mim, uma grande hipocrisia e uma mentira. Ela ficou assustada, e tive de explicar meu ponto de vista. A família é uma instituição regida por dois deveres: proteção e solidariedade. Já a empresa é uma instituição regida por duas necessidades: profissionalismo e eficiência. Quando vem uma crise, a família não demite o filho; ela divide o bife. A empresa, na primeira dificuldade, põe os “filhos” na rua. Nada há de errado nisso. A empresa tem que sobreviver. O erro é ser ingênuo de achar que não é assim.
Por ironia do destino, logo depois, um acidente com um avião daquela companhia matou dezenas de pessoas. Sobreveio uma crise e a empresa teve que demitir milhares de “colaboradores”. Liguei para minha amiga e perguntei se agora ela entendia por que eu dissera que aquela conversa de “uma grande família” era uma hipocrisia. Costumo provocar meus amigos de RH dizendo que se os senhores feudais tivessem contratado um guru, se passassem a chamar os escravos de “colaboradores” e dado uma cesta básica mensal a eles, talvez a escravidão tivesse durado mais meio século.
No fundo, esses eufemismos só servem para descaracterizar a verdadeira relação de trabalho. Escravo é escravo, empregado é empregado, funcionário é funcionário. Funcionário (público, é claro) tem estabilidade no emprego, não tem patrão (embora tenha chefia), recebe aposentadoria integral ao fim do seu tempo e não corre o risco de uma demissão (a não ser que ele cometa ilícitos). Empregado não tem nada disso, logo não é a mesma relação de trabalho. O próprio Ministério do Trabalho nunca mudou a classificação dos assalariados. O CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) não virou CACACOD (Cadastro de Colaboradores Admitidos e Colaboradores Demitidos).
Mas por que não chamar os empregados de “funcionários” ou “colaboradores”? Por três razões: primeiro, porque não é pejorativo ser empregado; segundo, para ficar claro que o empregado não é um filho, o patrão não é um pai, a empresa não é uma família; terceiro, para não iludir os empregados e lembrá-los de que eles devem estudar e cuidar da sua carreira, pois eles não são “funcionários”, logo, nem a empresa nem o governo vão cuidar deles.
Dois filmes me lembram esse assunto. O primeiro é “A Vida é Bela”, que conta a história de Guido, um homem mandado para um campo de concentração nazista, que passa o tempo inventando histórias e jogos para iludir o filho e fazê-lo acreditar que estão participando de uma grande brincadeira. Seu objetivo é proteger o menino do terror e da violência que os cercavam. Quando as organizações inventam eufemismos para disfarçar a realidade, elas próprias contribuem para criar ilusões e levar os empregados demitidos à revolta e ao desespero, achando que os patrões são cruéis e desumanos. A vida das organizações e cheia de riscos e crises, e elas não podem dar aos empregados a segurança e as vantagens de um funcionário público.
O outro filme é “Amor sem Escalas”. Ele conta a história de um consultor que roda o país ajudando as empresas a fazerem demissões. No filme, os “colaboradores” demitidos entram em pânico e têm as mais diversas reações; tudo muito típico de quem achou que era membro de uma família que, na crise, iria dividir o bife. Resumo da história: trate de amar sua profissão, ser competente, cuidar da sua educação permanente, construir suas reservas e, se um dia for demitido, saia de cabeça erguida e vá cuidar da sua vida... sem ilusões e sem acreditar em milongas corporativas.
José Pio Martins-UP
segunda-feira, 22 de março de 2010
NOMOFÓBICO, EU?
O estudante Ricardo Barros Lima, 23 anos, de São Paulo, já teve de voltar para a casa assim que descobriu que havia esquecido o telefone celular. Apesar de morar longe do trabalho e da cara feia do chefe pelo atraso, ele não conseguiu se separar do aparelho por um dia. “Não consigo ficar sem o celular. Sinto muita angústia”, diz. Ele faz parte de um grupo que sofre um distúrbio dos tempos modernos, a nomofobia, que vem se juntar às fobias mais conhecidas, como medo de altura ou de espaços fechados.
Nomofobia é uma nova expressão usada para designar a sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar por estar em algum lugar sem seu aparelho celular ou outro telemóvel. Trata-se de um termo recente originado do inglês “no-mo” ou “no-mobile”, que significa sem telemóvel.
“A pessoa que sofre de nomofobia não consegue se desprender da tecnologia”, explica a professora Josyane Lannes Florenzano de Souza, mestre em Ciência da Computação e coordenadora do curso de Sistemas da Informação da Estácio UniRadial, unidade Moema, em São Paulo. E isso inclui celular, notebook, netbook e todo o aparato tecnológico que a deixa conectada com o mundo. “Ela pode esquecer a carteira ao sair de casa, mas não os aparelhos. Além disso, não desgruda do celular, por exemplo, nem para ir ao banheiro, à feira, à academia ou na hora do sexo”, diz ela, que sente na pele essa forte influência da tecnologia. “Em classe, metade dos alunos ficam conectados em seus notebooks e netbooks, além dos celulares”, conta. “Sempre fico com o celular ligado no vibracall na classe e, às vezes, saio para atender”, confirma Ricardo, que também leva o seu notebook para as aulas.
SINAIS DE ALERTA
Para ser caracterizada como fobia, a ausência desses tipos de aparelhos deve trazer prejuízo significante à vida, ou seja, causar sensação de pânico e impotência, atrapalhando a vida profissional e pessoal. Segundo a professora, quando as pessoas ficam dependentes
desses aparelhos, elas passam a apresentar vários sinais ao ficar longe deles, como taquicardia, suores frios, dor de cabeça e sensação de nudez.
“Outro dia houve um curto-circuito em casa e fiquei sem internet. Entrei em pânico, pois veio uma sensação de estar fora do mundo, perdendo alguma coisa”, relata Ricardo.
Há ainda outras características comuns nos nomofóbicos:
- Abandona tudo o que faz para atender o celular.
- Nunca deixa o aparelho sem bateria.
- Não carrega o celular na bolsa, bolso ou similares; prefere carregá-lo na mão para que possa atender imediatamente.
- Interrompe a relação sexual para atender o celular.
- Nunca esquece o celular em casa; se isso acontecer, volta de onde está para pegá-lo.
- Sente-se mal quando acaba a bateria, quando perde o aparelho ou pensa que perdeu.
SINAL VERMELHO
É claro que a tecnologia e a popularização da internet trazem benefícios inegáveis de ordem econômica e cultural para todo o mundo.
Mas essas inovações também imprimem mudanças nas relações interpessoais, que devem ser bem observadas.
“Já deixei de sair com amigos porque não queria deixar o conforto de casa, pois tenho as ferramentas, como o MSN, para conversar com eles sem o inconveniente de pegar trânsito, fila”, confessa Ricardo.
Para a professora da Estácio UniRadial, quando uma pessoa transforma a vida por causa da tecnologia, ela precisa de ajuda, pois está deixando conviver com amigos, interagir com a família e ter atividades sociais.
PESQUISA
Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto YouGov para o Departamento de Telefonia dos Correios britânicos, 53% dos usuários de telefone celular do Reino Unido sofrem de nomofobia.
O estudo concluiu que a síndrome atinge mais os homens (58%) que as mulheres (48%). Das 2.163 pessoas ouvidas, 20% afirmaram não desligar o telefone nunca, e cerca de 10% disseram que o próprio trabalho as obriga a estarem sempre acessíveis.
Para 55% dos entrevistados, a urgência de estar com o celular sempre ligado e perto está relacionada com a necessidade de se estar sempre em contato com amigos e familiares.
Para 9% dos entrevistados, desligar o celular os deixa em um estado de profunda ansiedade.